Nos anos de 1960, o então papa Paulo 6º decidiu reformar o calendário litúrgico da Igreja. Pretendia excluir das comemorações oficiais os dias devotados a santos que não eram celebrados em todo o mundo, mas apenas em algumas regiões. O episódio ficou conhecido como “cassações de santos”.
São Jorge, patrono da Inglaterra e do Corinthians, era um dos “cassados”. O povo achou que a Igreja não mais o consideraria santo. Houve protestos por toda parte. O arcebispo de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, enviou uma mensagem ao papa: “Santo padre, nosso povo não está entendendo direito a questão. São Jorge é muito popular no Brasil, sobretudo entre a imensa torcida do Corinthians, o clube de futebol mais popular de São Paulo”.
O papa, então, respondeu em um bilhete: “Não podemos prejudicar nem a Inglaterra nem o Corinthians”, resolvendo a questão. Dom Paulo conservou o bilhete do pontífice por toda a vida.