Seus bonecos espalharam-se pelo mundo: brincando, barbeando-se, fazendo renda, escolhendo peixe, festejando santo, cheios de vida, que os olhos do mestre captaram.
Falou a linguagem das cores, texturas, espaços, figuras. Com sensibilidade, captou e exprimiu o dia-a-dia do povo simples, sua vida bucólica, seus dramas, suas festas, sua vida miserável.
“Se você tem 15 volumes para falar de toda a música popular brasileira, fique certo de que é pouco. Mas se dispõe do espaço de uma palavra, nem tudo está perdido. Escreva depressa: Pixinguinha.”
Gozador, ranzinza, vaidoso, genial: assim foi Ary, um dos maiores compositores da história. Sua obra-prima, Aquarela do Brasil, é um hino extra-oficial do País.
“Mezzo” brasileiro, “mezzo” italiano, mudou de nome para cantar samba. Sintetizou como poucos os personagens do povo paulistano. Ria e fazia rir das dificuldades cotidianas. Deixou obra imortal.
Ela desafiou tanto o modelo de narrativa quanto o padrão de comportamento. Encantou homens como Drummond e Vinicius e se instalou num retiro poético na Casa do Sol. De estilo singular, fez-se pilar da literatura brasileira. Não queria ser lembrada apenas pelas poesias eróticas que escreveu na velhice. “Obsceno para mim é a miséria, a fome, a crueldade. A nossa época é obscena.”
Doença misteriosa o fez perder os dedos. Virou o Aleijadinho. Em vez de parar, atingiu a perfeição. Deixou obra grandiosa, talvez a mais espetacular do barroco universal.
Encheu igrejas de cores, revestiu de ouro. Pintou anjos e Nossa Senhora mulatos. Obra que o consagra como um dos principais artistas do barroco e aponta para uma arte nacional.
A definição é de Jorge Amado, sobre o homem que cumpriu a profecia de seus mestres: exercer papel histórico na educação brasileira.
Cartunista, jornalista, escritor. Mas, acima de tudo, um crítico. Destacou-se pelo engajamento na luta contra a ditadura e a aids. Conviveu com o vírus contraído numa transfusão de sangue, e nunca se deu por vencido. Revolucionou a história dos quadrinhos e renovou o desenho nacional com seus personagens tipicamente brasileiros, fazendo do humor uma arma […]