o
dia 4 de agosto de 1930, viajando na barca Sétima, que fazia a travessia
entre a Ilha do Governador e o Rio, sofre hemoptise, hemorragia provocada pela
tuberculose. Chega morto ao Cais Pharoux.
Um dos mais talentosos compositores da
primeira fase do samba, estudou flauta, piano e violão. Pianista profissional,
animava bailes de agremiações, como o Dragão Clube Universal.
Vivia da música.
Fez fama de provocador. O gosto pela sátira lhe trouxe problemas sérios.
Compôs Fala Baixo em 1921, brincadeira com o presidente Artur Bernardes.
Teve de fugir para a casa da mãe para não ser preso.
Constantemente acusado de plagiar composições ou de apropriar-se
de músicas alheias, respondia com frase célebre: "Samba é
como passarinho. É de quem pegar."
Talvez por isso foi o primeiro compositor a preocupar-se com direitos autorais.
Criou carimbo que identificava cada uma de suas partituras e rubricava os discos
que gravava.
Controvertido, mulherengo, vaidoso, maledicente, cultivou a fama, promovendo
grandes festas em bordéis, o que não o impediu de ganhar o nobre
título de Rei do Samba em 1927.
Em 1928, passa a dar aulas de violão para Mário Reis, que se tornaria
seu maior intérprete. Viveu o auge da popularidade com Jura e Gosto Que
Me Enrosco, gravados por Mário.
Mesmo enfraquecido pela tuberculose, continuava produzindo intensamente. Compôs
cerca de 150 músicas – o último samba, O Homem da Injeção,
um mês antes de morrer.